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Introdução aos conceitos da Psicologia Analítica Junguiana(1)

  • Foto do escritor: rafaellabourscheid
    rafaellabourscheid
  • 14 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de fev.


Convido você a adentrar no mundo da Psicologia Analítica Junguiana, também chamada de Psicologia Complexa. Prometo tentar deixar o mais simples possível. Se serei bem sucedida, não tenho garantias, mas vamos lá.


Introdução Psicologia Analítica Junguiana, conceitos: inconsciente coletivo e pessoal, complexos, arquétipo

Jung aponta que nossa psique ou mente como alguns chamam, é feita por diversas camadas que se interrelacionam. Muitas delas se dão em pares opostos, como o consciente (aquilo que a pessoa conhece de si mesmo ou percebe) e inconsciente (aquilo que não percebe de si).


Acontece que na vida muitas vezes agimos de forma inconsciente, sem saber o porquê agimos de tal forma e isso nos impede de compreender, elaborar e mudar as posturas, atitudes diante de situações pessoas e consigo mesma.


Outro par de opostos é o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal. Pois bem, o pessoal está restrito a vivência de cada um de nós. Já o coletivo engloba toda experiência humana já vivida até os dias de hoje e até o que está por vir daqui uns dias. Nesse inconsciente coletivo estão muitas partes importantes de nós. Abordarei aqui somente duas delas.


Arquétipo e complexo uma parceria no inconsciente pessoal e coletivo.


Arquétipo tem gerado muita confusão entre pessoas que não são da psicologia junguiana e oferecem curso de como ativar um arquétipo. Já antecipo que não existe fórmula ou método para ativar um arquétipo simplesmente porque não mandamos no inconsciente.


Arquétipo é um conjunto de imagens, instinto, maneira de agir, emoções, que estão envolto de determinado tema. Espera-se que ao longo da vida possamos contatar com diferentes arquétipos. Quando esse conteúdo arquetípico está fortemente influenciando a vida da pessoa é um indicativo que ele está atuando como um complexo.


Complexo é um agrupamento de ideias, experiências, vivências coletivas e pessoais ou ainda transgeracionais, familiares em torno de um arquétipo. Essas são carregados de emoções, pensamentos, crenças, limitações, visão de mundo, de como e porque agir... O complexo é essa sobreposição dessas vivências em torno de uma temática, portanto entorno de um arquétipo. No complexo está o esquema humano de reações diante de determinado tema (arquétipo).


Um exemplo é o arquétipo da rejeição. Nesse arquétipo estão as emoções, sentimentos ligadas a rejeição como reagir nesses casos, se defender, atacar, retrair... Também está escrito nesse enredo as situações e eventos que o ser humano vivenciou e vivência a rejeição.


Então, quando uma pessoa vive uma situação, por exemplo na infância sentia que os pais não gostavam da mesma maneira dela, que preferiam o irmão, a energia psíquica direciona sua atenção para esse arquétipo e temos reações instintivas ligadas a rejeição. Pode ser que essa percepção pode ser alimentada cada vez mais a ponto da energia psíquica concentrar boa parte nesse tema já como um complexo de rejeição.  Ele poderá atuar em diferentes situações: com amigos, na escola, no trabalho, no relacionamento amoroso... Mas pode ser mais intenso ainda, se somar ao complexo da própria pessoa aos complexos dos pais, dos avós.


“Nós não temos complexos, são eles que nos têm”.


Essa é a famosa frase do Jung sobre os complexos. O complexo é tão importante nas nossas vidas que Jung por algum tempo chegou a nomear sua psicologia de Psicologia dos Complexos. Temos vários complexos, isso faz parte do ser humano o problema é quando eles se tornam muito atuantes em nossas vidas. Na psicoterapia o paciente aprende a reconhecer essa dinâmica interna e a lidar com essas situações que trazem sofrimento.

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